terça-feira, setembro 27, 2005

HERESIA

A ESTRATÉGIA DOS CARA-DE-PAU

Julgava que o João Batista tinha finalmente atingido o seu Nirvana e que os novos afazeres Municipais o impediriam de nos deliciar com novas epístolas.
Puro engano. É que o presidente arranjou uma maneira astuciosa de continuar a transmitir-nos as suas Demo revelações – através dos seus alter-egos e diabólicas manhas.

Com a heresia da sua demonocracia e à falta de novas causas mobilizadoras, resta-lhe representar agora o papel de “Roque Santeiro”.

Qual Judas Iscariote, o ateísta João Batista não tem pejo em usar o fervor religioso e tentar associar a fé, componente não racional da natureza humana, mais à sua força política, para proveito da campanha Eleitoral das Autarquias 2005. Ele sabe que estas manigâncias rendem e utiliza-as.

O problema é que João (tal como os seus sequazes) perdeu completamente a imaginação.


o “Financiamento” de um “fictício” ressuscitar da Festa em Honra da Senhora das Graças, não passou da encenação de uma palhaçada do melhor provincialado do eclectismo nacional, a tentativa de trazer para a política, a discussão da importância do fervor religioso.

João Batista e os seus correligionários usam, e abusam, do populismo serôdio da religiomania sem qualquer pudor.

Vai, dai... arranjaram uma respeitável colectividade, “Banda Municipal Flaviense – Os Pardais", para servir de pretexto aos seus verdadeiros intentos.
Serviram-se da sua boa-fé com intuitos Eleitoralistas e a tentativa de transformar a Religiosidade das pessoas em base eleitoral de um projecto político pessoal.

Mas atenção ao dito popular... Graças a Deus muitas, graças com Deus poucas.

A colagem que os autarcas do Município estão a fazer em relação a religião não é pura coincidência.
Ainda se esperou que, face ao seu passado, o ateísta, João Batista, tivesse a dignidade de não fazer uso do divino, que renegou.
Mas parece que os nossos autarcas são como as ratazanas com o veneno e depressa se habituam a alimentar-se dele.

O “Chico-espertismo” destes senhores ultrapassa tudo o que possamos imaginar. Mais uma vez, aproveitaram estes últimos dias de campanha no seu melhor estilo de Politica terceiro-mundista ou como distrair o povo.

Numa demagogia vertida em ambiente de comício e para que a pouca vergonha seja completa, a Junta de Freguesia De Santa Maria Maior, agendou para o dia 24 deste mês, um “passeio” (comício) a Fátima, para os idosos e seus conjugues, Recenseados e Residentes na Freguesia.
Para dar credito a sua condição de Idosos e Residentes na Freguesia de Santa Maria Maior, no acto da inscrição, deviam fazer-se acompanhar do Bilhete de Identidade, Cartão de Eleitor e Recibo da Pensão.

No Sábado dia 24, saíram, da Freguesia de Santa Maria Maior, 19 autocarros (de 50 lugares), com:
Idosos e... Não Idosos! Pensionistas e... Não Pensionistas! Da Freguesia de Santa Maria Maior e... de Outras Freguesias do Concelho!

Durante o “passeio” (comício), João Neves tentou, sempre, dar um ar de santinho que até metia dó.
Abusando da religiosidade dos fragilizados idosos, português médio, com escolaridade mínima, com fracos recursos económicos e culturais, aproveitou para um fazer comício partidário, para se projectar política e socialmente. Como moeda de troca do “passeio”, Apelou ao voto na sua Candidatura e no PSD.
Foi um Autentico Comício Politico Partidário, feito com os Dinheiros da Freguesia de Santa Maria Maior.


Pagamento da Factura dos 19 Autocarros: Freguesia de Santa Maria Maior? Ou PSD?

Contas na mão, e o Demo no coração.

João Batista considera que um passeio ou uma festança dá um ar de presidente credível e isso traz votos.
E depois, sobra aquele misto de gestão paternalista, envolvendo clientelas e patrocinato, proximidade e festa popular, desfile de bandas, inaugurações e foguetes, boletim com fotografias e cartazes de promessas, notáveis agradecidos e “sessões solenes”, que é tão típico da forma paroquial como tem sido gerida a autarquia. Enquanto estão entretidos não chateiam.

Enfim, um pouco na linha do que diz o João Neves: - “O Povo é Burro e o que quer é festa” – “É disto que o meu povo gosta e no fundo até ficam a gostar de nós”.

Como poderemos mudar as coisas? Será que queremos fazê-lo? Ou continuamos a lamentar?

Está na altura de os Flavienses abrirem os olhos e de verem que não podemos entregar o futuro de Chaves a alguém tão irresponsável, alucinado e inconsequente como João Batista e seus correligionários.

Os paus, uns nascem para santos, outros para tamancos.

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