sexta-feira, agosto 26, 2005

A.V.T. – Uma estória mal contada

No direito de resposta, Publicado no Semanário Transmontano, a Gerência da Auto Viação do Tâmega esclarece que:
Não devemos permitir que a coberto duma mentira, a honorabilidade da Câmara (?) e da Auto Viação do Tâmega (?) seja posta em causa.

Imprens@Livre acrescenta: A honorabilidade dos Jornalistas e das Pessoas, que tem a coragem de denunciar estes factos e que, por simpatia partidária, não vendem a alma ao diabo.
Devemos, sim, permitir o direito dos Flavienses terem conhecimento dos possíveis procedimentos incorrectos dos seus autarcas e da gestão dos dinheiros Públicos.

Qual novela de Agatha Christie, mas com uma trama esfarrapada, tentam traçar um esquema geral em que pretendem explicar o inexplicável. É que afinal sempre existia a tal factura a que a jornalista do Semanário Transmontano aludira. no Artigo “Socialistas apresentam “provas” – Transporte para a festa do PSD facturado à Câmara”.

Tentam organizar uma série de acontecimentos e acções, numa obra narrativa conspiratória e também organizar um esquema geral, com argumentações, em que procuram estabelecer conexões casuais, entre os distintos elementos da narração ou simples sucessão de uma sequência de acontecimentos.

Com o fim de que a trama resulte fácil para o leitor o gerente, da investigação (Venâncio Alves Feijó), vai semeando de obstáculos o desenvolvimento da investigação: diversos culpados ou suspeitos, novos casos, pretextos para desviar a atenção do leitor e tentar limpar o labéu do Presidente da Câmara João Batista.
Tenciona, com as suas parangonas, obter o efeito mais favorável para si e para o (PSD).
Comparte com o leitor as pistas que vai tentando encontrar, mas não revela o seu verdadeiro significado até ao fim da novela, “pessoas, que por simpatia partidária até vendem a alma ao diabo”.

Eis os Factos:

Gerência da Auto Viação do Tâmega – No dia 16 de Julho do ano em curso, o Sr. Ramos (funcionário superior da Câmara Municipal de Chaves), telefonou ao n/ gerente Sr. Venâncio Alves Feijó, a solicitar o aluguer de dois autocarros para o dia 17 (Domingo), esclarecendo que o serviço seria pago pelo PSD, dado tratar-se de transporte de pessoas que desejavam assistir à apresentação das listas daquele partido para as próximas eleições autárquicas.

Imprens@Livre – O Sr. Ramos trabalha no Centro Cultural (antiga Estação de caminhos de ferro) a escassos metros da Auto Viação do Tâmega. Todos os dias, costuma ir ao “Bar” do super mercado “Alto Tâmega”, que como todos sabemos esta localizado no mesmo edifício da Auto Viação do Tâmega.
Se o serviço, como diz, não era para a C.M.C. mas sim para o PSD, Não seria muito mais plausível ou factível que o Sr. Ramos, em vez de telefonar (usando o Telefone do Centro Cultural para um serviço Partidário), se dirigisse pessoalmente ao escritório da A.V.T.?

O Sr. Ramos não faz parte da Concelhia Do PSD em Chaves.
João Gonçalves Martins Batista – Presidente
Francisco António Taveira Ferreira – Vice-Presidente
Nelson Paulo Gonçalves Montalvão – Vice-Presidente
Alcino de Jesus Alves Sousa – Tesoureiro
José Ferreira de Moura – Presidente da Mesa

Gerência da Auto Viação do TâmegaDia 17 foi feito o serviço, com a utilização dos motoristas António Casas Rua e Telmo de Castro Frades. “A factura correspondente a esse serviço foi depois emitida com data de 22 do mesmo mês. A empregada que emitiu a factura, ela própria diligenciou a sua entrega no edifício do Centro Cultural. A partir daí desconhecemos as voltas dadas pela factura”.

Imprens@Livre – A Factura (12098/B) é emitida, e muito bem, pela empregada “ela própria diligenciou a sua entrega no edifício do Centro Cultural” no dia 22 de Junho. “Findos os serviços”, os contratos, “voltam ao Sr. Venâncio, que por sua vez os entrega na contabilidade para dar origem à factura”.
Esta Factura, ficou inscrita no livro de registos da autarquia com o número 12.118.

Gerência da Auto Viação do Tâmega – “No dia 13 deste mês, o Sr. Dr. Ramos telefona ao Sr. Venâncio dando-lhe conta que a jornalista do Semanário Transmontano confrontou o Sr. Presidente da Câmara com a denúncia de que a Câmara pagava serviços de transporte em favor do PSD, e que havia provas através duma factura desta empresa. Indagou se por erro da Auto Viação do Tâmega o serviço do PSD não tivesse sido facturado à Câmara. O Sr. Venâncio afirma-lhe que isso é impossível, pois ainda não tinha dado ordens para emitir a factura. E disse mais, não tenha pressa Sr. Dr. porque não desconfiamos do PSD, e vou tratar do assunto.
É que afinal sempre existia a tal factura a que a jornalista do Semanário Transmontano aludira. Afinal algo de muito estranho estava a acontecer no seio dos nossos serviços administrativos!”
De imediato pedimos por escrito à Câmara Municipal a devolução da mesma, ficando a aguardar a sua remessa”.

Imprens@Livre – Porque é que o Sr. Ramos (funcionário superior da Câmara Municipal de Chaves), somente no dia 13 de Agosto, quase um mes depois, Telefonou ao Sr. Venâncio?
Porque não se deslocou (ali tão perto) a empresa “Auto viação do Tâmega”?
Não tinha, o Sr. Ramos, conhecimento da Factura que foi entregue “no edifício do Centro Cultural”?
e ficou inscrita no livro de registos da autarquia com o número 12.118.
E Isto é importante: Se não era para ser paga pela Câmara Municipal de Chaves, porque ainda não foi devolvida a Auto Viação do Tâmega, para correcção?
Senão tem havido a denuncia... qual seria a atitude da Autarquia?
Também andam com “Excesso de Trabalho”?
Eu quando recebo correspondência que não é para mim, devolvo-a de imediato.

Em nenhuma Firma, que eu saiba, para emitir facturas, é preciso a contabilista ou a escrituraria, pedir autorização ao gerente!... Alias, como esclarece o comunicado da A.V.T., os contratos, “voltam ao Sr. Venâncio, que por sua vez os entrega na contabilidade para dar origem à factura”. Porque motivo o Sr. Venâncio tinha que dar ordem para emitir esta factura em especial?
Seria, este serviço, um Financiamento ilegal do PSD?
Gerência da Auto Viação do TâmegaCabe ao Sr. Venâncio a elaboração dos contratos de aluguer, que por sua vez os entrega aos motoristas que vão fazer os serviços, pois é obrigatório por lei fazerem-se acompanhar dos mesmos. Findos os serviços voltam ao Sr. Venâncio, que por sua vez os entrega na contabilidade para dar origem à factura.
Imprens@Livre – O Sr. Venâncio quando recebeu o Contrato de Aluguer 395 “do motorista Telmo”, para o entregar na contabilidade e dar origem a Factura, não reparou que, este, estava redigido em nome da Câmara Municipal? e sendo assim porque não fez a correcção, se como esclarece, “o serviço seria pago pelo PSD”?
Estaria, mais uma vez, com “Excesso de Trabalho?”
Gerência da Auto Viação do TâmegaComo o serviço tinha sido pedido na véspera, o Sr. Venâncio não emitiu o contrato, por motivos que se prendem com excesso de trabalho. Entretanto, e no domingo de manhã, por telefone, pede ao Telmo, seu colaborador directo, para ver se ele pode desenrascar um serviço pedido pelo Sr. Dr. Ramos. O Telmo acede ao seu pedido e faz, com o motorista Rua o serviço. Porém, sabendo ele da obrigatoriedade do contrato acompanhar o autocarro, ele mesmo desenrasca o contrato, só que, infelizmente, emite-o em nome da Câmara Municipal. Confrontado porque o emitiu em nome da Câmara, disse que, como o serviço tinha sido pedido pelo Sr. Ramos, pensou que fosse para a Câmara. O resto é fácil de perceber.

Imprens@Livre – Porque misterioso motivo, o Sr. Venâncio, não assinou e mandou a sua funcionária passar o Contrato de Aluguer 395, sabendo ele, que é obrigatório por lei o contrato acompanhar o autocarro?
O excesso de trabalho, não lhe permitia sequer rubricar uma simples assinatura?
Entretanto teve que telefonar, ao seu colaborador Telmo, no dia seguinte (umas horas antes do serviço), “para ver se ele podia desenrascar um serviço pedido pelo Sr. Dr. Ramos”?
Como é que o seu colaborador directo (Telmo) vai fazer um serviço, sabendo e vendo, que é para transportar militantes de um partido político para um comício do PSD e, emite (desenrasca) o Contrato de Aluguer 395 em nome da Câmara Municipal, se não tivesse essas ordens e esses poderes?
Tem, o motorista Telmo de Castro Frades, poderes, constituídos, para assinar em nome da firma?

Sabe o Sr. Venâncio que, segundo a Lei, um Contrato para ser valido, têm que estar assinado pelo Alugador e pela Firma? Quem assinou, o Contrato de Aluguer 395, em nome do Alugador e da Firma? O motorista Telmo de Castro Frades?

Sendo assim, este cometeu três ilícitos punidos por Lei.
Usurpação de poderes (Cabe ao Sr. Venâncio a elaboração dos contratos de aluguer), Contrato Falso, e Falsificação de Assinaturas.
O seu colaborador directo é assim tão incompetente e estúpido?
Realmente “O resto” Não “é fácil de perceber”. Ou até será...?

Gerência da Auto Viação do Tâmega – “À administração do Semanário Transmontano e à sua jornalista, sentimos o direito de esclarecer que não é assim que se faz jornalismo de qualidade...
A responsabilidade destas parangonas é muito grande
, e cabe à Câmara Municipal decidir-se por uma tomada de posição que, quanto a nós, deveria chegar à barra do tribunal. É que a malfadada factura não tinha asas para voar até à redacção do Semanário Transmontano, havendo nisto envolvimento de pessoas, que por simpatia partidária até vendem a alma ao diabo”.

Imprens@Livre – O Sr. Venâncio acusa a administração do Semanário Transmontano e à sua jornalista (ML), por quem não sustenho nenhuma simpatia, de que “não é assim que se faz jornalismo de qualidade!
Pergunto eu, é assim, com esta qualidade, que se fazem os serviços na Auto Viação do Tâmega?
Também estou de acordo em que “A responsabilidade destas parangonas é muito grande” e “deveria chegar à barra do tribunal”.

Talvez assim o Sr. Venâncio pudesse esclarecer, como são feitos os Inúmeros contratos de Alugueres de Autocarros a Particulares, para Excursões a Fátima, Santiago de Compostela, Praia de Vigo todos os fins-de-semana e de Ferias para Espanha, etc., etc.
Talvez pudesse esclarecer porque motivo, Não são passadas facturas a estes particulares, Não é pago o Iva as Finanças e por sua vez as Finanças e o Estado, Não podem actuar contra estes particulares que fazem “Excursões Ilegais”.
Quem tem telhados de vidro, Não atira pedras ao ar, e “por simpatia partidária não deviam vender a alma ao diabo”.

Pode, as vezes, o Ministério Público de Chaves começar a investigar o financiamento ilegal de partidos e outras artimanhas muito estranhas que estão a acontecer no seio dos vossos serviços administrativos e no PSD.

Nota da Direcção do Semanário TRANSMONTANO:

1 – De facto, não é nada difícil fazer luz sobre este enredo: a gerência da Auto Viação do Tâmega confirma que emitiu a factura à Câmara Municipal de Chaves, para se pagar de um serviço que prestou ao PSD;
2 – Mesmo assim, e depois de admitir em público que “algo de muito estranho estava a acontecer no seio dos nossos serviços administrativos” e de reconhecer que na sua empresa os contratos e a facturação são da responsabilidade dos que estão mais à mão para “desenrascar” serviço, a gerência da empresa que assim funciona ainda tem a veleidade de vir pôr em causa a seriedade dum trabalho jornalístico que, entretanto, não se atreve a desmentir;
3 – E, imagine-se, a sugerir que o assunto deveria chegar “à barra do tribunal”. Mas... descansem e continuem a desenrascar-se, que não vai parar a tribunal (apesar de os desafiarmos a processarem-nos). E não vamos nós porque fizemos o que nos competia, e também não vão vocês porque no Ministério Público de Chaves nunca ouviram falar em financiamento ilegal de partidos.
Sem querer tecer mais considerações, deixando para os tribunais um possível aprofundamento desta matéria e seu julgamento,

A Trapalhada do Comunicado da Auto Viação do Tâmega, nada esclarece. De resto não é fácil de perceber. Pelo contrário enreda ainda mais este imbróglio. Deixemos para os tribunais o aprofundamento destes ilícitos.

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